julho 25, 2012




Dize-me, Amor, como te sou querida,
Conta-me a glória do teu sonho eleito,
Aninha-me a sorrir junto ao teu peito,
Arranca-me dos pântanos da vida.

Embriagada numa estranha lida,
Trago nas mãos o coração desfeito.
Mostra-me a luz, ensina-me o preceito
Que me salve e levante redimida!

Nesta negra cisterna em que me afundo,
Sem quimeras, sem crenças, sem ternura,
Agonia sem fé dum moribundo,

Grito o teu nome, numa sede estranha,
Como se fosse, Amor, toda a frescura
Das cristalinas águas da montanha!
Florbela Espanca

2 comentários:

Anônimo disse...

Amo Florbela...
Uma graça o teu cantinho menina. Parabéns! Estou seguindo.
Um abraço carinhoso

Unknown disse...

Obrigada querida!

Também amo Florbela, vou postar mais coisinhas dela...continue seguindo e fique à vontade, a casa é sua.

Beijo

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