abril 01, 2011

Vivo...Em carne viva.

Pele minha que tanto vibra e arde
Olho para o céu de infinitos
Em sua eternidade cristalina
Vejo um universo vivo e brilhante
Que talvez eu quisesse experimentar

Mas fico no mundo real, meu mundo
Onde as gotas de suor brotam
Escorrendo até a minha boca
Que sente o salgado, da doce vida
Que espero em anseios para ser vivida

Olhos de menina, aquela mesma inquieta
Enxergando hoje a vida, como mulher
Sem delimitar os contornos do que vivo
Em minha alma extremada e banida
Construindo vida em pleno ar

Gestos e versos meus dando forma
Aos cantos tantos, habitantes de minha alma
Onde ecoam minha voz e corpo
Em minha conturbada viagem sem pouso
Preciso do silêncio dos teus braços

Busco o fervor das preces onde imploro
Ouvir tua voz, aforgar-me em teu suor
Fugir do pânico das eternidades sem você
Pois me bastaria apenas uma palavra, tua palavra
Acalmando esta selvagem em meu peito

Beatriz Prestes

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